Leitora assídua que sou, em qualquer momento da minha vida que precisei de uma luz, o universo deu um jeito de me trazer uma solução através de um livro. No ano passado por indicação da minha terapeuta, comecei a trabalhar com o livro Mulheres que Correm com os Lobos da Clarissa Pinkola Estés.
É um livro simplesmente mágico, me surpreendeu do começo ao fim, mas teve uma parte em particular que me chamou muito atenção, provável que pelo fato de eu estar nesse momento de trabalhar com todos os corpos, de entender e aceitar eles (inclusive o meu, porque também sou mulher nessa sociedade em que nunca somos boas o bastante).
Quantas coisas nós não nos permitimos usufruir porque achamos que algo estava errado com nosso corpo? Quantos golpes levamos a vida inteira porque de acordo com os ‘outros’ ao nosso corpo sempre falta ou sobra algo? Todas as mulheres terão respostas para essas perguntas, respostas que deixaram cicatrizes, mas minha intenção aqui é lembrar que nosso corpo é muito mais do que o que está por fora.
Abaixo seguem fragmentos que tirei do livro, os quais chamo de lições para ler, reler e sempre lembrar (obrigada Clarissa ♥):
Defender apenas um tipo de beleza é de certo modo não observar a natureza. Nós somos todos muito diferentes, não há e nem haverá um único tipo de pele, de formato, de cor. Não devemos comprar a ilusão popular de que a felicidade só é concedida àqueles de uma certa aparência ou idade. Não tem nada de errado com você, errada esta nossa cultura doentia que aponta milhares de defeitos o tempo inteiro a fim de nos fazer consumir mais!
Está errada a imagem vigente na nossa cultura do corpo exclusivamente como escultura. O corpo não é de mármore. Não é essa sua finalidade. A sua finalidade é de proteger, conter, apoiar, atiçar o espírito e a alma, a de ser um repositório para as recordações, a de nos encher de sensações. É a de nos elevar e de nos impulsionar, de nos impregnar de sensações para provar que existimos, que estamos aqui, para nos dar uma ligação com a terra. Limitar a beleza e o valor do corpo a qualquer coisa inferior a essa magnificência é forçar o corpo a viver sem seu espírito de direito, sem sua forma legítima.
Nenhuma parte do nosso corpo, pode ser criticada por ser muito isso ou aquilo. Elas simplesmente são. No nosso corpo nada “deveria ser” de algum outro jeito. A questão não está no tamanho, no formato ou na idade. A questão está em saber se esse corpo sente, se ele tem um vínculo adequado com o prazer, com o coração, com a alma, com o mundo. Ele tem alegria, felicidade? Ele consegue ao seu modo se movimentar, dançar, gingar, balançar, investir? É só isso que importa.
Lembre-se que você é muito mais do que só o que se pode ver, e do que a sociedade define! Compartilhe esse texto para levar essa corrente de autocuidado para outras mulheres que você ama, e se puder, leia o livro inteiro! Por si só, ele é uma terapia para a alma!
Com carinho Indi ♥
Estilista e modelista da Wonder ♥
Indi, entenda, você é incrível e tem um lugar cativo no coração de todas nós! O sentimento que tenho pelo seu trabalho é de infinita gratidão. E que post inspirador ♡
Que reflexão importante… precisamos mesmo aprender a enxergar a beleza e nossos corpos de uma nova forma, mais gentil e inclusiva.
Fiquei com vontade de ler! Amar nossos corpos pelas coisas maravilhosas que podemos viver e não pela aparência!